O trabalho relata uma experiência pedagógica de intervenção para a promoção da saúde em um programa assistencial criado pelo Governo Federal – Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI – de transferência direta de renda para famílias de crianças e adolescentes. No processo, procedimentos pedagógicos grupais foram combinados e orientados aos acadêmicos de enfermagem da Faculdade de Teixeira de Freitas (FACTEF), criando-se espaços dialógicos de problematização da saúde. Foi proposto e planejado um levantamento diagnóstico com as necessidades deste público alvo: crianças e adolescentes de 7 (sete) a 16 (dezesseis) anos de idade; e num segundo momento realizou-se uma reunião/palestra com os pais/responsáveis pelo público alvo, no intuito de esclarecer o que iria ser tratado com seus filhos e quais eram os objetivos, as ações a serem executadas, obtendo assim, além do seu consentimento para desenvolver as atividades pedagógicas o favorecimento para a inserção familiar no processo. Diversos temas foram abordados: corpo humano, gênero, sexualidade, sexo, violência no trânsito, educação ambiental, dentre outros. Houve grande participação das crianças, adolescentes e principalmente dos monitores do PETI, que no dia seguinte à atividade solicitava uma produção textual de tudo que foi abordado. A estratégia adotada permitiu detectar as intervenções aceitas, as mais efetivas e as que deverão ser reformuladas com a equipe do PETI. Do ponto de vista teórico e metodológico a experiência permitiu observar os limites e potencialidades de ações que aproximem áreas do saber com a educação para saúde em atividades transdisciplinares. |