Para muitas mulheres a gravidez pode significar realização e felicidade, porém, a gravidez não planejada pode significar uma interrupção nos seus planos de vida, para muitas mulheres o aborto torna-se então a única saída, por isso elas arriscam suas próprias vidas, quando decidem interromper a gravidez utilizando-se de quaisquer recursos que tenham à mão. Este fato se reflete no Brasil pelas altas taxas de utilização de serviços de saúde por complicações decorrentes de abortamentos clandestinos, mostrando persistentes dificuldades na contracepção e planejamento familiar. O risco e a gravidade das complicações crescem com o avanço da gestação. As complicações mais freqüentes do aborto incluem perfuração do útero, retenção de restos de placenta seguida de infecção, peritonite, tétano, e septicemia. As seqüelas ginecológicas incluem inflamações das trompas e sinéquias uterinas e também a esterilidade. O presente estudo teve como objetivo levantar no banco de dados LILACS artigos científicos publicados sobre o aborto que se relacionassem a assistência de enfermagem. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada no banco de dados LILACS no período de novembro a dezembro de 2007, usando como descritor: aborto. Foram analisados 40 artigos buscando identificar ano de publicação, veiculo de divulgação, perfil das mulheres e tipo de aborto. Na análise observou-se que 18 artigos utilizaram abordagem quantitativa, 12 qualitativa e 10 quali-quantitativa. A revista que mais publicou sobre o tema foi a Revista Brasileira de Obstetrícia e Ginecologia. A idade das mulheres variou de 10 a 49 anos, geralmente o abortamento ocorre entre 1 e 6 meses de gestação. O principal tipo de aborto encontrado foi o aborto espontâneo. É notável a deficiência de produção, no campo da enfermagem, de pesquisa sobre a temática abordada; visto que é um sério problema de saúde pública e traz sérias conseqüências para as mulheres que o vivenciam. |