Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título TRANSMISSÃO DA DOENÇA DE CHAGAS POR VIA ORAL: MUDANÇA NOS HÁBITOS ALIMENTARES?
Autores
CARLA LUCIANA QUEIROZ DA SILVA (Relator)
FERNANDA DA SILVA SOARES
CHRISTIANE DE MELO ARAÚJO
INARA MARIELA DA SILVA CAVALCANTE
Modalidade Comunicação coordenada
Área Enfermagem em saúde coletiva
Tipo Relato de experiência

Resumo
Objetivos: Conhecer pesquisas a respeito da transmissão da doença de Chagas por via oral e a relação com o açaí, identificar possíveis mudanças nos hábitos alimentares após o diagnóstico da Doença de Chagas com transmissão por via oral e propor uma sistematização da assistência de enfermagem a uma pessoa portadora da doença com forma de transmissão oral. Referencial Teórico: Na região amazônica, estudos têm mostrado que a contaminação da doença de Chagas por via oral tem sido freqüente. Segundo dados da Secretaria de Saúde Pública do Estado do Pará (SESPA) já foram diagnosticados no ano de 2007, 59 casos de doença de chagas por contaminação através da via oral. Acredita-se que essas contaminações acontecem através do açaí, no momento em que ele é despolpado em máquina ou manualmente o T. cruzi pode ser triturado ou as fezes do vetor podem contaminá-lo tornando-o impróprio para o consumo. Metodologia: Pesquisa do tipo exploratória-descritiva com abordagem qualitativa do tipo relato de experiência. Análise dos Resultados: No Pará o açaí exerce um papel sócio-cultural e econômico significativo em virtude de sua utilização constante, por grande parte da população paraense, como complemento básico na alimentação ou como refeição principal, além de constituir base de renda de milhares de famílias desta região. A transmissão por via oral tem provocado uma reação de não consumo desse produto pela população, como aconteceu com a portadora do nosso estudo, que recusa tomar açaí novamente depois do diagnóstico. Ressaltamos que esse alimento não traz um risco de caráter primário, mas sim a sua inadequada preparação doméstica ou comercial, com graves carências higiênicas, de manufatura e conservação. Conclusões: Verificamos a importância da realização de novos estudos para fornecer informações que assegurem o consumo seguro do açaí evitando que o manuseio incorreto do produto e outros elementos influenciem negativamente no consumo de um dos maiores símbolos da cultura paraense.