Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título ANÁLISE DA VULNERABILIDADE DE GESTANTES ATENDIDAS NO CTA-BRAGANÇA À INFECÇÃO POR HIV
Autores
FERNANDA DA SILVA SOARES (Relator)
MÔNICA CRISTINA MILENA GABRIELA SARUBBY QUEIROZ
RAIMUNDO DE JESUS PICANÇO DA COSTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Enfermagem e sociedade
Tipo Pesquisa

Resumo
No Brasil, a propagação da infecção pelo HIV vem sofrendo transformações significativas no seu perfil epidemiológico, com tendência de pauperização da população infectada e aumento de casos em heterossexuais – principalmente mulheres, potencializando uma maior vulnerabilidade à transmissão do HIV/AIDS. Esse fator é preocupante visto que se faz acompanhar de uma proporção cada vez maior de mulheres, principalmente daquelas em idade fértil, aumentando os riscos da transmissão vertical e caracterizando, por sua vez, a feminilização da AIDS. Trata-se de um estudo do tipo descritivo onde foram analisados 250 prontuários de gestantes atendidas no CTA-Bragança. Teve com objetivo analisar a vulnerabilidade à infecção por HIV de gestantes atendidas no Centro de Testagem e Aconselhamento de HIV e DST no município de Bragança-PA. Dos 250 prontuários analisados a maioria era de gestantes entre 16 e 23 anos (59,6%) e com idade gestacional variando entre 14 a 27 semanas (57,60%). Em relação, ao estado civil, a maior parte delas era casada ou amigada (83,2%) e em relação à escolaridade, 43,6% tinham 4 a 7 anos de estudo. Quando se questionou sobre a quantidade de parceiros no último ano 90,4% afirmaram ter tido um parceiro e 8% de 5 a 10 parceiros. Em relação ao uso do preservativo entre as que referiram relacionamento fixo 59,6% afirmaram que nunca utilizaram. A explicação das mulheres para o não uso do preservativo envolve os seguintes aspectos: parceiro não aceita (38,4%), não gosta (16,4%) e confia no parceiro (9,6%). Quando se analisou o comportamento sexual e os riscos do parceiro, 53,6% das gestantes não sabia responder se existia risco, 29,6% não atribuíam risco ao parceiro e 7,2% desconfiavam de relação extra-conjugal. Os resultados apontam que as mulheres constituem um segmento vulnerável para se contaminar com o vírus HIV, sendo necessária uma política que discuta abertamente a dinâmica dos relacionamentos de homens/mulheres.