Anais - 11º CBCENF

Trabalhos

Título SENTIMENTOS VIVENCIADOS POR MULHERES INFECTADAS PELO HIV POR MEIO DO PARCEIRO FIXO
Autores
RENATA LAYANNE RODRIGUES DE MIRANDA NEVES (Relator)
LUANA TEIXEIRA DE MORAIS
PALOMA DE MEDEIROS SILVA MENDES
MARIA DA CONSOLAÇÃO PITANGA DE SOUSA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Enfermagem na saúde da mulher
Tipo Monografia

Resumo
SENTIMENTOS VIVENCIADOS POR MULHERES INFECTADAS PELO HIV POR MEIO DO PARCEIRO FIXO O estudo objetivou conhecer os sentimentos vivenciados por mulheres infectadas pelo HIV por meio do parceiro fixo; descrever a relação afetiva e sexual das mulheres com o seu parceiro diante da confirmação do diagnóstico, bem como discutir as informações das mulheres a respeito do HIV/AIDS e suas práticas preventivas. O aumento da transmissão do vírus HIV via relação heterossexual resultou no aumento dos casos entre as mulheres. Este fato conhecido como “feminização do HIV e da AIDS” tornou-se notável a partir dos anos 90 e intensificou-se nos últimos anos. Este fenômeno não está associado apenas às mulheres com vários parceiros, mas também se estende àquelas com parceiro fixo. Trata-se de uma monografia de caráter qualitativo-descritivo que teve como instrumento de coleta de dados um roteiro de entrevista semi-estruturado. Utilizou-se, como cenário, as casas de apoio Lar da Esperança e Lar da Fraternidade, onde foram realizadas 10 entrevistas com mulheres heterossexuais que estiveram ou estão em relacionamento com parceiro fixo. Para a análise do material coletado, utilizou-se a análise de conteúdo proposta por Minayo.Os resultados indicaram que essas mulheres, antes da revelação de sua soropositividade, sentiam-se seguras por se considerarem imunes ao vírus HIV.No entanto, após o diagnóstico positivo, vivenciaram sentimentos de desespero, conformação, raiva e revolta. Sentimentos de rejeição e exclusão social, devido ao preconceito, também foram explicitados pelas entrevistadas. Quanto à relação afetiva e sexual, houve participantes que mantiveram o relacionamento com o parceiro e outras que chegaram ao término da parceria. Sugere-se, então, que o enfermeiro, por estar em contato maior com o paciente, deve trabalhar com as mulheres discutindo sobre: questões de gênero e percepção de risco para o HIV e envolver os parceiros estimulando-os quanto à prevenção própria e da parceira.